Um dos momentos mais prevalentes para o estresse surgir na vida de uma pessoa é na adolescência. Este tempo envolve uma série de mudanças que podem ser estressantes para muitos.
No início, muitas crianças estão passando pela puberdade e por seus anos difíceis. Este é o momento em que o bullying pode ser o pior, já que os adolescentes começam a se tornar um pouco mais adultos, mas não totalmente, e ainda tomam más decisões ao provocar as pessoas.
As tensões nessa idade variam muito de pessoa para pessoa, mas as mais prevalentes são o bullying e o assédio. Nessa idade, muitas pessoas ainda são um pouco desajeitadas, mas estão vivendo o momento de se interessar por pessoas do sexo oposto.
Isso envolve algum tipo de mudança de identidade que pode levar a alguns conflitos internos. Enquanto as crianças tendem às vezes a molestar as do sexo oposto, os adolescentes começam a se sentir atraídos, e enquanto alguns estão mostrando sua mudança de atitude, outros podem estar provocando-os por isso.
À medida que a atração aumenta, os adolescentes tendem a querer impressionar conhecidos do sexo oposto. Isso significa mostrar o melhor lado de si mesmos, talvez até exibindo uma fachada que não seja o seu verdadeiro eu, ou tentando impressionar, fazendo coisas arriscadas que não fariam se ninguém estivesse assistindo.
Tudo isso se mistura com a busca de definir sua própria identidade e autoestima. Alguns ficam estressados e arrasados quando são rejeitados por outra pessoa, especialmente por alguém do sexo oposto. Os adolescentes querem ser aceitos pelos colegas e desejam pertencer a um grupo que os valorize de alguma forma.
Os anos da adolescência envolvem uma série de mudanças que podem ser estressantes. Quando criança, muitas decisões estão sendo tomadas por você. O adolescente está exatamente na fase em que começa a tomar muitas decisões por si mesmo, sem ter a experiência prévia de como lidar adequadamente com essa nova realidade. Muitas vezes eles não querem depender dos outros em sua tomada de decisão, para mostrar sua crescente independência, mas ainda estão lutando para acompanhar o estresse de serem responsáveis pelas consequências de fazer uma escolha certa ou errada.
Outro problema, especialmente nos últimos anos do ensino médio, é descobrir o que eles querem fazer com suas vidas. Muitas vezes os adolescentes são pressionados sobre o que querem fazer para o resto de suas vidas, como se tivessem de ter tudo resolvido até os 18 anos. Isso não poderia estar mais longe da verdade. Espera-se que eles tomem decisões sobre onde querem ir para a faculdade, se querem ir e, em caso afirmativo, em que se especializarão. Para muitas pessoas, esse processo de vestibulares e tentar descobrir qual é a paixão delas, é muito estressante.
Certamente é muito para absorver e, se eles não tiverem a orientação certa, se sentirão sobrecarregados rapidamente. Normalmente, é no final desta faixa etária que as pessoas já estão na faculdade. E a faculdade vem com uma tonelada de fatores de estresse que não são bem conhecidos por todos. Na faculdade você tem muito mais independência do que no ensino médio, porém, isso vem com seu quinhão de desvantagens.
Os estudantes são muitas vezes deixados de lado pela universidade e seus professores, que julgam ser o estudante capaz de fazer tudo por conta própria. Eles podem achar difícil se ajustar e, com a percepção de que em breve estarão trabalhando em tempo integral, muitos podem começar a entrar em pânico já no início.
Adolescentes e jovens adultos não mostram seu estresse com muita clareza, por isso pode ser difícil perceber. Muitos não querem que as pessoas se preocupem com eles, então apenas suprimem seu estresse e preocupações esperando simplesmente que as coisas saiam bem.
Alguns vão tentar agir como se tudo estivesse bem, até que um dia eles meio que desabam. Alguns mostram que estão estressados isolando-se dos outros para não revelar seus problemas.
Às vezes podemos notar alguém passando muito mais tempo sozinho, em reclusão, indo para casa assim que tem a chance de ficar só. Nem sempre isso é um sinal de estresse; algumas pessoas são naturalmente introvertidas. Mas se uma pessoa que é normalmente social e de repente começa a querer estar sozinha o tempo todo, aí sim poderá claramente haver algo errado. Os hábitos alimentares dela também poderão ser observados, já que algumas pessoas comem muito mais ou muito menos quando estão estressadas.
Isso tudo pode levar a flutuações indesejadas de peso, que podem causar ainda mais estresse. Alguns estudantes ao frequentar uma faculdade tentam aliviar o estresse com festas, recorrendo ao consumo excessivo de álcool para tirar os pensamentos negativos de sua cabeça. Ao usar o álcool como mecanismo de enfrentamento, eles se colocam em risco de desenvolver o alcoolismo. Alguns até começam a usar drogas, o que pode colocá-los em risco de overdose, vício e prisão.
Nenhuma solução funcionará para os problemas de todos, mas existem maneiras comuns de tentar ajudar as pessoas nessa faixa etária. Como regra geral, você nunca deve tentar atacá-los para tentar resolver seus problemas com soluções já predefinidas. Os adolescentes não apreciam esse tipo de intervenção. Eles apenas negarão que algo está errado e se isolarão ainda mais de você. Você deve sempre tentar fazer com que eles se abram um pouco e, em seguida, mudar a conversa casualmente para pensar em soluções.
Quando se trata de adolescentes, seu primeiro passo deve ser ensiná-los a lidar com a situação da melhor maneira possível por conta própria. Se isso não funcionar, aí sim você pode intervir, tentando não envolver os administradores ou professores, pois eles se sentirão muito envergonhados se os professores tiverem que intervir em um problema de bullying na escola – e isso pode piorar as coisas.
É necessário fazer com que eles sintam que podem confiar em você como pai ou como mãe, pois em caso contrário nunca se abrirão totalmente com você. Faça questão de que eles saibam, em primeiro lugar, que você os apoia totalmente, não importando o que venha acontecer.
Quando se trata de jovens adultos, encaminhá-los a um conselheiro pode ser uma boa opção. Muitas universidades e escolas de ensino médio oferecem aconselhamento gratuito e, às vezes, apenas desabafar já pode resolver muitos problemas.
Se o recurso existe, por que não aproveitá-lo? Pode haver ainda outras figuras de referência na vida de um adolescente em quem eles podem confiar e servir como conselheiros. Certifique-se de explicar a eles que reprimir suas emoções não é uma boa maneira de manejar a vida e, apenas colocando as coisas para fora eles se sentirão muito melhor e encontrarão muito mais apoio, não tendo que se segurar sozinhos. Nada cria mais estresse do que a solidão.
Existem muitos estressores envolvidos nas várias mudanças que ocorrem na vida adolescente. Muito disso pode ser aliviado se eles souberem que têm alguém em quem podem confiar e que os apoiará em sua jornada para encontrar sua independência. Mostrar-lhes aceitação e fortalecer seu sentimento de autoestima também pode ajudar bastante a tornar esse período de transição menos estressante. Evite estar em curso de conflito e dê o suporte adequado aos adolescentes em sua vida, e você verá como eles são gratos por você ter feito a diferença em suas vidas quando eles mais precisavam.
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Martin Neumann foi treinado para Intervenções de Estilo de Vida em 1998 no Wildwood Lifestyle Center & Hospital. Desde então, ele deu palestras em diferentes partes do mundo sobre um estilo de vida saudável e remédios naturais. Ele é o fundador do site Saúde Plena.
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